quinta-feira, 3 de junho de 2010

Lei Antifumo: fiscalização será intensificada em Criciúma!

A fiscalização nos bares, boates, restaurantes, lanchonetes e similares, será intensificada em Criciúma apartir da próxima semana, conforme o fiscal do Meio Ambiente, Valmir Gomes. Ele salientou que, após a criação da Lei nº 5.414 de novembro de 2009, praticamente, todos os dias, os locais recebem a visita do profissional, juntamente com a Polícia Militar.
“Temos muitos pontos na cidade e, desde que a lei passou a vigorar, estamos fiscalizando. Não deu para ir a todos os estabelecimentos, por isso, a ação ainda é de notificação”, disse acrescentando que na maioria dos locais, a lei está sendo respeitada. “Muitos já adotaram a medida, antes mesmo de vigorar. Hoje, o que percebemos é que muitas pessoas, ao irem às boates, não respeitam, mesmo com a atenção pelo próprio dono do estabelecimento ou segurança, só que agora, as pessoas que não respeitarem, serão retiradas do local e as multas começarão a ser aplicadas”, ressaltou. A multa varia de R$ 500,00 a R$ 12 mil. “Vamos trabalhar mais 30 dias com as notificações, mas depois os locais serão multados”, acrescentou o profissional.
Gustavo Teixeira, o Rochinha, está há frente de uma danceteria localizada na Henrique Lage, há nove anos e conta que, quando a lei entrou em vigor, por um momento, a direção pensou que seria difícil mudar o costume da população que freqüenta, mas, justamente, aconteceu o contrário. “É complicado você impor e tentar mudar um costume que já existe há anos. Assim que a lei entrou em vigor, procuramos utilizar de placas sinalizando para o não uso do cigarro em nosso estabelecimento e, ainda, a orientação dos nossos seguranças para alertá-los de maneira que não os ofenda. Foi impressionante como adquirimos o consenso de todos”, disse.
Ele salientou que, desde então, não tiveram problemas com ninguém. “Todos estão respeitando e aqueles que sentem vontade de fumar vão até a rua, fumam e depois retornam. Acredito que essa lei só tem a beneficiar a todos, pois, aqueles que fumam poderão até diminuir o uso contínuo do cigarro e aqueles que não fumam, não irão mais absorver o erro dos outros”, ressaltou Rochinha.
O dono de um restaurante na avenida Getúlio Vargas, Antonio Colombi, salientou que os clientes sempre respeitaram a lei. “Antes, alguns tinham o hábito de fumar, mas depois começaram a respeitar. Achei a iniciativa muito importante”, comentou.
De acordo a lei, é proibido o consumo de cigarros, cigarilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, e cria ambientes de uso coletivo livres de produtos fumígenos. Com isso, a medida também proíbe o consumo de cigarro no terminal central, galeria do terminal, terminal da Próspera, do Pinheirinho e rodoviária. Nesses locais há placas indicativas de proibido fumar. A ASTC (Autarquia de Segurança, Trânsito e Transporte de Criciúma) pede a colaboração dos usuários e da população para que seja cumprida a lei municipal nos terminais e rodoviária.

Dados sobre o fumo
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o fumo é uma das principais causas de morte evitável, hoje, no planeta. Um terço da população mundial adulta – cerca de 1,3 bilhão de pessoas – fuma, aproximadamente 47% da população masculina e 12% da população feminina fazem uso de produtos derivados do tabaco.
No Brasil, pesquisa realizada recentemente pelo Ministério da Saúde, por meio do Instituto Nacional de Câncer (Inca), indica que 18,8% da população brasileira é fumante (22,7% dos homens e 16% das mulheres).
A absorção da fumaça do cigarro por aqueles que convivem em ambientes fechados com fumantes causa:
1 – Em adultos não-fumantes:
• Maior risco de doença por causa do tabagismo, proporcionalmente ao tempo de exposição à fumaça;
• Um risco 30% maior de câncer de pulmão e 24% maior de infarto do coração do que os não-fumantes que não se expõem.
2 – Em crianças:
• Maior freqüência de resfriados e infecções do ouvido médio;
• Risco maior de doenças respiratórias como pneumonia, bronquites e exarcebação da asma.
3 – Em bebês:
• Um risco 5 vezes maior de morrerem subitamente sem uma causa aparente (Síndrome da Morte Súbita Infantil);
• Maior risco de doenças pulmonares até 1 ano de idade, proporcionalmente ao número de fumantes em casa.

Texto retirado do blog: http://equiperomanna.wordpress.com/2010/06/03/lei-antifumo-fiscalizacao-sera-intensificada-em-criciuma/